Antes, dizíamos “santinho”. Agora, fugimos.

O verdadeiro efeito viral. Formou-se uma espécie de acordo silencioso entre todos os membros da população mundial que dita que fugir perante um espirro alheio é uma resposta aceitável. Se retira alguma da cortesia ao momento, sempre é exercício físico adicional. Win-win.

Por outro lado, o Covid-19 veio impedir grandes fatias da população de sair de casa e levou-nos à maior experiência de trabalho remoto de que há registo. Um problema que anuncia uma crise social e económica com potencial trágico, na medida em que milhões de operários não podem cumprir as suas funções remotamente.

É injusto chamar-lhe o grande “desafio” global do momento. É novidade e tem maior potencial epidémico, mas não é mais importante que a fome, sede e pobreza extrema que aflige tantos outros milhões.

Enfim, problemas que muitas vezes preferimos esquecer, mas sobre os quais podemos fazer toda a diferença com pequenas contribuições. Hoje, conseguimos ver a importância que as populações dão a um assunto. Com a ajuda de ferramentas como o Google Trends, podemos pôr questões globais em perspetiva para fins pessoais e profissionais.

 

E é nessa perspetiva de potenciais crises, ajuda humanitária e necessidade de mudança que surge este email. É muito comum entrar em restaurantes com uma clientela regular de empresários e colaboradores de empresas circundantes, e damos por nós a ouvir frases ditas com assertividade, como: “Isto está tudo a mudar, dá-lhe mais um anito…”; “estas empresas vão começar a reduzir e não vai haver emprego para ninguém” ; “as pessoas não têm noção do que aí vem…”

Ufa, é um registo fatalista e que tira muito do sabor daquele robalinho grelhado de sexta-feira. Mas só tem esse efeito porque não é mentira nenhuma. É uma ameaça real e próxima de todos nós. Por vezes, estamos tão consumidos por este vírus de ter “medo de errar” ou de perder a “luta de egos” que não há forma de “meter a segunda” e mudar o paradigma.

“Okay uppOut, as vossas newsletters costumam ser um bocadinho mais resolvidas e casuais. Não estava à espera de um ensaio superficial sobre crises globais.”, pensam todos vocês.

Nem nós. Por isso, agora, vamos vender-nos um bocadinho. [É que isto de enviar newsletters também se paga e, por mais que garantir um sorriso ou as vossas breves respostas a dizer que gostaram do que leram, ser gratificante, não paga a casa a renda a ninguém].

Tudo isto culmina na ideia de que a mudança, nos dias que correm, passa pela tão simples e obrigatória humanização das empresas.

Como conquistamos jovens numa população cada vez mais envelhecida? Como motivamos os colaboradores mais seniores e retemos os mais juniores? Como vendemos a nossa marca como mais do que uma prestadora de serviços ou produtos? Como é que nos tornamos uma marca com histórias e amada pelo público?

O cerne da questão prende-se no termo “humanização” e de pensar no cliente como pessoa, não como comprador. Ir ao que vai na mente do público.

Exemplo:

  • Analisar keywords fortes e com potencial no Google Trends e desenvolver estratégias semanais ou de retargeting em torno das mesmas.
    • Se vende créditos habitação e identifica utilizadores que visitaram o seu site mas também estão à procura de viagens, faça-lhes chegar uma mensagem com cross-selling de contas poupança, com a mensagem “À procura de casa enquanto marca uma viagem de férias? É melhor optar pela melhor conta poupança.”

Ou, se quiser aproveitar o Coronavirus, coloque a sua empresa no topo das pesquisas pelo termo através de ações que humanizem a sua empresa e beneficiem os seus colaboradores e clientes. Antecipe-se aos seus concorrentes.

Qualquer marca com uma estratégia relacional bem definida, verá a sua relação com o cliente(pessoa) desenvolver-se significativamente. E isto, por sua vez, incrementa a taxa de retenção e fidelização.

Já vai demasiado longa a conversa. É que acreditamos e defendemos muito a humanização das marcas, achamos que devem ser uma extensão das pessoas que a constroem. Falar um para um e conhecer o seu público.

TL;DR:

Vamos fazer um mundo melhor? 🙂

Um abraço,
uppOut